26 de abril de 2006

SONHO FERIDO


Deusa loura,
Não mais sonharei
O que doura
Os lindos raios de sol
Nas tardes de arrebol.

Nunca mais tocarei
Ao luar
Ou jamais cantarei
Outro olhar;
Nunca mais olharei
As flores
Ou jamais falarei
De amores;

Pois passaste
Com suavidade e calma...
Mas deixaste,
No fundo de minh’alma,
Uma chaga sem cura
Que, por loucura ou sorte,
Há de ser só a morte
Minha glória
E única ventura.

Poema extraído do livro "Vendavais" de Gilmar Pereira Lima

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