9 de dezembro de 2010

Aquele que não pode recordar-se do passado está condenado a repetí-lo.George Santayana (1863 - 1952), filósofos espanhol

20 de novembro de 2010

FILHO DA NOITE

As noites de novembro no Porto de Santa Cruz são melancólicas. Ouve-se apenas o cri-cri dos grilos, um ou outro sapo tanoeiro em seu luau incansável e, para quem mora perto da igrejinha, o crocitar da velha coruja.
Numa dessas noites, João Peva subia vagarosamente a rua da igrejinha. A lua já havia cruzado o céu da meia noite, quando ele viu algo mexer próximo da escadaria e esconder-se numa moita mais adiante. Um calafrio lhe correu pela a espinha dorsal. Pensou em voltar para a casa de Maneca, sua irmã. Mas ter que atravessar o rio novamente era muito mais trabalhoso e perigoso. Ainda mais que Rio Pardo estava em período de cheia. Não dava. O melhor era enfrentar o tal vulto. Deu mais alguns passos. A moita suspeita se assanhou. Pensou: “deve ser algum animal procurando por alimento.” Aproximou-se mais um pouco. As folhas balançaram. Arrepiou-se por completo. Foi como se as palavras de sua mãe tomassem vida.
— Meu filho, depois da meia-noite as almas andam soltas. Cuidado!
Olhou para trás. Novamente, pensou em voltar. Mas, pelo modo como o mato se sacodia, não poderia ser causado por algo que oferecesse grande ameaça. Aproximou-se um pouco mais. Logo, ouviu um miado baixo, mas o bastante para acalmar o seu coração que parecia sair pela boca. Afinal não era assombração. Era um gato preto, tão negro que só era possível ver o reluzir de seus olhos em contraste com a lua.
— Bichano, bichano! — chamou.
O bicho correu em sua direção. Deu uma volta pulando em suas pernas como se quisesse brincar. João riu carinhosamente. Fazia anos que não brotava nele um sorriso tão fraternal. Agachou. Pegou o animalzinho e o abraçou como se quisesse protegê-lo. E realmente foi o que fez.
— Calma, amigo, calma!
Descendo um grotão, alcançou a sua velha casinha. Lugar que tanto conhecia seu cansaço, seus lamentos de solidão, suas tristezas enfim. A pesar da energia elétrica que clareava a vizinhança, ainda preferia o velho fifó a diesel que clareava vagarosamente. Acendeu o fogo a lenha. Requentou o feijão do meio dia. Fez uma farofa com ovo e dividiu com o seu novo amiguinho.
— A partir de hoje, seremos uma família. Aqui você não vai passar fome. Pelo menos o feijão com arroz, eu garanto. Se tem uma coisa que não suporto é ver alguém com fome. Não importa se homem ou animal. Não suporto isso.
Após a refeição, escorado no canto da cama de palha, João adormeceu profundamente. Acordou, na manhã seguinte, com os primeiros raios de sol atravessando a fresta da janela do quarto. Imaginou que tivera sonhado a noite toda. Mesmo assim, olhou para os quatro cantos do quarto tentando encontrar algum vestígio do pobre felino.
— Bichano! Dody, venha cá! Aqui, bichano! — nada ouviu.
Passou o dia achando que aquilo tudo fora um sonho mesmo. Tinha de se contentar com a solidão novamente. Nem mesmo os bichos seriam capazes de conviver ali, naquele recanto esquecido. Porém, ao anoitecer, enquanto fritava algumas piabas para fazer uma farofa, ouviu novamente o miado. E os olhos do negro bichano brilharam em sua direção. Então, acalmou-se novamente. Não estava louco. Era real mesmo. O tal gato existia. E era seu amigo. Afinal, estava ali novamente.
— Venha cá, Dody, venha! Olha só que delícia vamos comer!
Depois de comerem, ainda ouviram um pouco de rádio. Logo adormeceram.
No dia seguinte, nem rastro de Dody. Foi assim durante meses. Todas as noites o felino aparecia e dormia ao pé da cama de João. Até que um dia o bichano não voltou mais. E João se viu solitário mais uma vez. Compreendeu que na vida tudo era como aquele animal esquisito: aparece de maneira surpreendente e desaparece estranhamente; compartilha de alguns momentos, depois deixa a saudade miando dentro do nosso peito. Assim tivera sido na vida de João Peva: ficara órfão muito cedo; tinha somente uma irmã, que logo se casou, deixando-o sozinho. Os demais parentes, todos foram para São Paulo; inclusive, a sua namorada Dorotéia. Esta fugira com Zé Bigó, às vésperas do casamento. Dela, só restou a lembrança. Corre um boato daqui outro dali, mas onde vive, se é feliz ou não, nada. Agora experimentava do abandono novamente.
— Venha cá, Dody, venha! — ele não veio mais.
Dody era filho da noite e fora levado pelo clarão da lua cheia. Talvez na lua nova ele volte... Uma coisa era certa: todas as noites, João dava uma volta em torno da igrejinha, antes de dormir.
***

15 de outubro de 2010

A LIÇÃO É UMA SÓ

Hoje, dia dos professores - da minha tão honrada profissão -, estive a manhã quase que inteira sem palavras. Não sabia o que dizer para os nobres colegas de profissão. Não queria ser redundante, mas nessas horas a redundância é o que nos salva e acaba por transmitir com sinceridade aquilo que realmente queremos dizer. E da essência do Talmude vieram-me as seguintes palavras: "Quando virdes um aluno que carrega as lições como se fossem barras pesadas de ferro, sabei que isso se dá porque o seu mestre não o assiste com bondade e paciência".

Neste 15 de outubro, penso na árdua tarefa de ensinar e do ser professor nos dias atuais (e, silenciosamente comigo, indago: "quem é o professor de hoje e o que ele consegue ensinar?").

Contudo, são divagações que tento não me apegar. Não conseguiriam expressar o quanto é saboroso ensinar.

Pois bem, que neste dia o professor, mesmo sendo lembrado pela a sua importância na construção das sociedades, isso não tem o mesmo valor do quanto seria gratificante se conseguíssemos incutir em todos os nossos alunos que o processo de aprendizagem é delicioso; e que nesse processo está envolvido o que há de mais valioso no mundo: o amor.

Quando todos passarem a compreender que através do amor o aprendizado é para toda a vida, quem sabe deixaremos de ter alunos que carregam suas "lições como se fossem barras pesadas de ferro"?!

A lição é: exercitar mais a palavra e o sentimento amor em sala de aula. Com amor, tudo vencemos e tudo conseguimos. Com o exercício do amor, o dia do professor será lembrado de modo especial. E ser lembrado é maravilhoso, nem que seja por um dia! Mas o extraordinário é ser lembrado por toda uma vida e por tudo aquilo que conseguimos fazer de bom - no nosso caso, ensinar.
FELIZ DIA DO PROFESSOR!

12 de outubro de 2010

ACORDA, CRIANÇA!

-É na dificuldade que conhecemos a verdadeira face das pessoas. - disse-me certa vez minha mãe. Belas palavras. Se eram dela, não sei. Mas vinheram num tempo de pouca compreensão. No momento, não dei muita importância. Contudo, havia algo que, uma vez ou outra, zumzunava no meu ouvido. Certo é que nunca me esqueci dessas palavras.

Tempos depois descubro o quanto havia de sabedoria naquelas palavras de minha mãe. E assim, passo a lição para quem queira aprender. De maneira que, hoje dia da Mãe Divina Nossa Senhora Aparecida e dia das crianças, veio-me à memória traços dessa relação mãe/filho, na qual somos eternas crianças para nossas mães. E a mãe, esse ser terno e compreendedor das malícias do mundo, está sempre nos preparando para a "realidade cruel" da fase adulta, onde passaremos a compreender melhor seus ensinamentos.

Pelo mundo afora, milhões e milhões de crianças estão recebendo nesse momento alguma lição de sua mãe. Algumas darão pouca importâcia e só aprenderão tempos depois; outras levarão consigo por toda vida.

Portanto, para aqueles que não houvem os ensinamentos da mãe, só tenho a dizer: -Acorda criança!

20 de agosto de 2010

A QUARTA ERA


A fumaça
Se despedaça
Entre esponjas
Neutralizantes
E transparentes
(dentro de tubos bafejantes
e tantos cubos de traços leves)
Para exalar, pura e leve,
Pelas cidades... sem toxidades.

Ultragenético,
O homem luta
Na disputa
Do objetivo
Do sonho numérico
Do anseio incontido
Em ser conhecimento
No ter desmedido...

Em um turbilhão
Evolutivo e reativo
De esperanças,
Eis que surge
Do conhecer novo
Um novo conhecer
Que urge no povo
Feito éter no ar
Mas conserva a essência terna
Que embala o universo parabólico
Do sonhar.


Ultragenético,
Na quarta era
O homem luta
Para ser mais humano
E menos fera;
No entanto, o contrário
Ele revela

***

31 de julho de 2010

DA COR DO ÉBANO

Quando suspira o findar da tarde,
Derramando a aurora seu mar colorido,
Meus olhos debruçam num rio de imagens antigas...
(Não sei se deliram)
E... lá está um menino montado
Em seu cavalo-de-pau.
Ao final da “ruinha” a Igreja,
Algarobas verdes em contraste
Com o cinza da serra que se ergue
Onde parece findar as grotas de Água Branca.

Sacudindo as canafístulas,
Murmureja a brisa cruel
Canções antigas
Cirandas,
Xaxados,
Repentes,
Os aboios das vagueijadas...

Ah! Quantas lembranças, Vila Luanda!

Os pés de juá na beira da estrada,
Os umbuzeiros carregados,
Tomar banho na cacimba do riacho
Depois de ter se fartado
E se lambuzado com o “mel de engenho”...
Á noite, deitar-se na calçada para ouvir histórias
Contar estrelas... Soltar versos ingênuos:
“Lua, luar... me ajude a crescer
qu’eu te ensino a namorar”.

Nos festejos juninos,
Uma bandinha de pífanos
Logo cedo, como se quisesse despertar o dia,
Voltejavam os dois lados da rua
Assobiando numa harmonia tão viva,
Tão pulsante que causaria inveja num Villa Lobos,
Beethoven, Bach, Mozart, Wagner…
Ao acordar,
A pamonha quentinha na hora do café.
Ouvi alguém dizer:
— Luquinha vai soltar rojão!
— Oxente! Mas ele não perdeu um braço por causa de uma bomba?!
— Ele vai ligar é a radiola!
— Aah!

Ó Velha Luanda!
Quanta saudade soluça em meu peito!
E o findar da tarde me faz enxergar
Que somos como um flerte louco
Solto nas ruínas do tempo
Que, entre a tarde e a noite,
Veste-se do rubro-triste
Feito o ébano que ante a fúria
Do machado
C
A
I .

E nessa hora o poeta agoniza
E sente um rumor secreto
Em su’alma dizer:
— Tua saudade é da cor do ébano.

***

26 de julho de 2010

DA DECEPÇÃO

Olhei para mim,
Como olhara Narciso, enternecido,
Diante do espelho d’água refletido,
Tentando encontrar
Na face luzida
Os traços da vida...

Olhei para mim,
Mas com tanto cuidado e ternura,
Que louvaram as aves, em jura
De supremo amor
E eterno segredo,
Não revelar medo!

Olhei para mim
Na moldura pardeada do rio
Que, imponente e sarcástico, rio
Ao me ver surpreso
Com o quanto, alheio,
O tempo me tornara tão feio.

***

11 de julho de 2010

PENSAMENTO DA SEMANA

Devemos aprender durante toda a vida, sem imaginar que a sabedoria vem com a velhice.
Sêneca (séc. I), filósofo latino

24 de maio de 2010

COMO DOM QUIXOTE

Andei por mundos distantes
Enfrentei gigantes
Com minhas navalhas...

Fiz-me “cavalheiro andante”:
Pelo mundo, errante,
Venci mil batalhas.

Minha adorável amada
Era como fada!
Minha “Odisséia”!

Razão de minha jornada -
Força encantada –
“Doce Dulcinéia!”

Não sabes quanto sonhei...
Quanto desejei
Um abraço teu!

Imaginei um castelo
Num outono belo...
Teu peito no meu!

Oh, fantasias, fantasias...!
Vejo-me em meus dias
Pobre Dom Quixote

Que, lutando por amor,
Apenas lhe restou:
A Loucura e a Morte.

***

19 de maio de 2010

QUANDO TUDO FICA DIFÍCIL

Faz um bom tempo que não publico meus poemas aqui. Aliás, faz um bom tempo que não publico "algo" aqui. Hoje senti saudade desse espaço. E volto com um poema que também está em minha página no site Recanto das Letras.


QUANDO TUDO FICA DIFÍCIL

Quando tudo fica difícil,
Não enxergamos nada;
E a ignorância das pessoas
Torna-se a nossa ignorância.

Quando tudo fica difícil,
A solidão se impõe
Como única estrada;
E os sonhos se perdem
Na imensidão dos solitários.

Quando tudo fica difícil,
Entregar-se à natureza humana
Torna-se fácil...
E é nesse momento
Que o ser humano
Mais se assemelha
Com os animais irracionais.

***

15 de março de 2010

VAMOS CONSTRUIR UMA LINHA DO TEMPO?

Olá, turma do 2º Ano! Querida turma de Biologia!
Sejam todos bem vindos!
Esse é mais um ambiente de aprendizagem.

Os conteúdos aqui sugeridos serão para auxiliar na construção de uma linha do tempo que nos permita compreender melhor o estudo de Biologia. Além do texto aqui exposto, segue uma sequência de links e endereços onde podem ser encontrados materiais para a construção do nosso trabalho (é só clicar). Despois, não esqueça de voltar ao nosso site (http://www.vendavais.blogspot.com/) e fazer seu comentário sobre o conteúdo pesquisado.
Vamos começar?

Pois bem. A construção de uma linha do tempo é um projeto que nos envolve quanto aos estudos sobre a origem da Terra, da vida e de sua evolução no planeta. A idéia básica aqui é propor a construção de uma linha do tempo em forma de texto e gráficos.
Para tanto, vomos considerar o seguinte: que a origem da Terra foi há 4,6 bilhões de anos, podemos construir uma linha do tempo que se inicie na data 5 bilhões de anos a.p. (antes do presente).
Os dados abaixo são um resumo das principais informações sobre o que os biólogos dizem a respeito do surgimento e da evolução dos seres vivos na Terra. A partir deles, vocês podem procurar outros dados e detalhes interessantes, que possam tornar a linha do tempo atrativa para quem a veja.

RESUMO:
Evento Ocorrido há aproximadamente.............(em anos)
Primeiras evidências de seres vivos........3,5 bilhões
Origem da fotossíntese..................2,5 bilhões
Origem dos seres eucarióticos.........2 bilhões
Abundância de fósseis ("explosão cambriana").........570 milhões
Origem das plantas de terra firme...........438 milhões
Origem dos anfíbios................. 408 milhões
Origem dos répteis................. 360 milhões
Origem dos dinossauros e dos mamíferos.... 245 milhões
Extinção dos dinossauros e
início da expansão dos mamíferos............. 66 milhões
Origem dos primatas............. 55 milhões
Ancestral comum de pongídeos e hominídeos..... 8 milhões
Primeiros hominídeos........... 2 milhões
Origem da espécie humana moderna...... 150 mil

O primeiro desafio que se apresenta , a partir da apresentação desse resumo dos eventos biológicos ocorridos, é fazer sua leitura. É interessante que vocês vejam os termos novos e procurem descobrir seus significados consultando dicionários, enciclopédias, livros de Biologia ou outras fontes.

Assunto: Formação da Terra, origem e evolução da vida
Não fiquem só nesses links sugeridos. Busquem informações também em outros sites e livros. Em breve postarei o link para a avaliação virtual. Por enquanto é só.
Sucesso!!

20 de fevereiro de 2010

Inscrições na Plataforma Freire (MEC): Formação Continuada

O professor que ainda não possui formação em nível superior, ao cadastrar na Plataforma Freire MEC, estará participando do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. Também aquele que já possui licenciatura pode fazer sua inscrição nos cursos de formação continuada. A Plataforma tem informado o seguinte: "os cursos de formação continuada são cursos de menor duração, geralmente nas modalidades de curso de extensão ou de atualização/aperfeiçoamento, com carga horária entre 40 horas e 300 horas. O público alvo desses cursos são os professores que possuem formação específica para o magistério no nível médio (curso normal ou curso técnico em magistério) e os professores que possuem formação em licenciatura ou pedagogia. Para os cursos de especialização é exigida a graduação na área correspondente. Para a oferta desses cursos, num primeiro momento, o dirigente de cada rede de ensino analisou um conjunto de desafios apresentados e os respectivos cursos de formação continuada correlacionados. Em seguida, esse dirigente indicou os desafios a serem enfrentados de modo prioritário e os respectivos cursos que deveriam ser disponibilizados para os docentes dessa rede."

Algumas redes de ensino estiveram atualizando suas informações, sendo que o prazo para elas concluírem esse trabalho foi até 30 de dezembro de 2009. No período de 1º de dezembro de 2009 a 28 de fevereiro de 2010, os professores poderão realizar sua pré-inscrição em cursos de formação continuada e em cursos de especialização.

A Plataforma acrescenta: "Entendemos ser importante considerar que o professor que já fez sua pré-inscrição em cursos de formação inicial evite se pré-inscrever nos cursos de formação continuada com carga horária acima de 40 horas. Com esse procedimento pretendemos evitar sobreposição e sobrecarga de trabalho dos professores que se encontram em formação inicial. Você está convidado a participar desses cursos, fazendo sua pré-inscrição em até 03 (três) cursos de formação continuada que foram indicados para sua escola."

Para fazer a inscrição na Plataforma Freice MEC é necessário acessar o site oficial, preencher um cadastro clicando no íncone "Primeiro acesso à Plataforma Freire" (caso não possua nenhum cadastro) ou em "Já sou Cadastrado" (para quem já se cadastrou), depois de informar dados pessoais e da sua formação, realizar a escolha dos cursos disponíveis.

Para maiores esclarecimentos acesse o Site Oficial: Plataforma Freire MEC

17 de fevereiro de 2010

CARNAPORTO 2010 EM CÂNDIDO SALES

A tradicional festa carnavalesca CARNAPORTO no balneário Porto de Santa Cruz chega a mais uma edição às margens do Rio Pardo. Foram quatro dias de muita folia e animação com o destaque para a Banda Pisadocha da Bahia, prata da casa, que é sucesso por onde passa.

Em todos os dias, a festa com as atrações tinha início ao meio-dia e só terminava à meia noite. Além do palco central para as bandas de axé, havia um outro (em forma de barracão) exclusivo para música eletrônica.

A estrutura da festa contou também com o apoio do Conselho Tutelar, Polícia Militar, Sava-vidas, Posto de Saúde (com atendimento de primeiros socorros e médico plantonista) e transporte alternativo todos os dias. O que contribuiu para a tranquilidade do evento que recebeu foliões de diversas cidades do sudoeste baiano e norte-mineiro.

A avaliação da festividade foi positiva, pois não houve nenhuma ocorrência grave e, na "quarta-feira de cinzas", ainda havia um sentimento de "quero mais" em quem estava desfazendo acampamento.
FOTOS DO CARNAPORTO 2010

27 de janeiro de 2010

OS RIOS

Hoje quando vi o sol surgindo quase tímido, mostrando a silueta do Morro da Lapinha (recanto onde, na minha infância, constumava caçar passarinho, gambuim e pinhas silvestres), recordei que em muitas dessas aventuras incluíamos tomar banho no rio, em locais que chamávamos "Rio de Beza", "Paraíso","Rio de 'Zabel", "Rio da Ponte", "Cortume", "Areiada" e em tantos outros lugares que nomeávamos o nosso precioso Rio Pardo.

Então, voltei o pensamento para meu período escolar quando, diante do sol ardente de setembro, com a mesma turma de amigos, pulávamos o muro da escola para "aliviar o calor" nas águas pardas do rio. Bons tempos aqueles!

Isso me levou a observar o quanto é interessante a relação que tínhamos e temos com o Rio Pardo! (Particulamente, a minha convivência com esse rio!) Tudo faz lembrar momentos de tristeza, de alegria, encantamento, liberdade, descobertas, fantasias... Ele nos fez e nos faz experimentar de tudo um pouco! De certo modo, uma escola ao céu aberto para o aprendizado da vida.

 
A partir desse momento as palavras de Heráclito de Éfeso - "Ninguém se banha no rio duas vezes porque tudo muda no rio e em quem se banha". - ressoaram do subconsciente me transportando para uma reflexão sobre os caminhos que nos levam ao aprendizado e a forma como aprendemos.

E nesta manhã de janeiro, os primeiros raios de sol me tocaram com uma saudade daquilo que o rio levou (tanto o Rio Pardo como o Rio do Tempo, o Rio da Vida...). Mas uma saudade boa que me fez perceber que o Rio da Nossa Trajetória é semelhante a todos esses rios que convivemos e/ou guardamos na memória. Eles estão em constantes mudanças e, uma vez que nos relacionamos com eles, ambos dexamos de ser os mesmos. E assim segue o curso da vida numa constante interação e troca de experiências, transformando e sendo transformados.

Penso que educar deva ser como todos esses rios. Pois onde há interação, mudança e recíproca, onde se experimenta sentimentos agradáveis, há aprendizado.

9 de janeiro de 2010

JAIVAN ACIOLY & SOLON DO ACORDEOM

Em dezembro, com a praça lotada, a comunidade de Cândido Sales prestigiou dois grandes artistas da terra: Jaivan Acioly & Solon do Acordeom. Muito conhecidos nos festivais do Brasil, premiados em vários deles, Jaivan e Solon mostraram músicas que retratam o sentimento popular e resgatam o nosso folclore. O Vídeo abaixo é um resumo do Show Cantigas Brasileiras que contou com a participação especial do Terno de Reis Águas Pardas.

Fonte: youtube

www.youtube.com/watch?v=IGwuxzURpsI