Vai-se um tanto da nossa brasilidade
Fazer poesia n'outro horizonte...
Vai-se um tanto da bel'africanidade,
Das danças, das alegrias... nobre fonte
Da Minas encantada! Ó entusiástico
Ser de Ubá! Ó Cavalheiro andante!
Apreciador do belo do fantástico
Da escrita fina, quente e apaixonante!
Hoje chora o Brasil e chora Minas!
Já arde no seio do poeta a saudade
Das palestras precisas e divinas!
Mas fica um conforto: que ainda ensinas
Ver o mundo com ânimo e verdade
Nas tuas obras como belas doutrinas.
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Soneto de Gilmar P. Lima
pela morte do escritor
mineiro Antonio Olinto.